quarta-feira, 16 de junho de 2010

O que é certo e o que é errado?

O que será que é o certo e o errado? Isso é um assunto que gera tanta briga, discussão e é tão simples de ser resolvido.

Quero fazer uma analogia entre nós humanos e a flora somos diferentes, mas lembrando que ainda assim fazemos parte da natureza, achamos que a grama e os passarinhos são natureza e nós não. Nos distanciamos de nós mesmos de uma tal maneira que tudo ficou distorcido, imaginem se as árvores falassem e discutissem qual o tempo certo de darem suas flores e frutos ou mesmo crescerem? Cada espécie é uma, cada solo é um, cada região de plantio é um e não se discute, portanto não está correto dizer que o tempo de nascer e dar frutos do limoeiro é o que está certo enquanto que do abacate está errado, imaginem se a laranjeira discutisse com a amoreira que o tempo de dar laranjas e a quantidade de frutos a ser dado, era o dela o correto, e o pior, a amoreira escutasse a laranjeira, (porque é isso que nós fazemos), escutamos o que é certo para o outro em nossas vidas, imaginem o que seria das amoras?

As leis da natureza são as mesmas tanto para nós como para a flora e fauna e deixamos de perceber isso com a evolução social, e o que é certo prá um, não é o melhor para o outro, entendem? Mas e as regras da sociedade? As regras da sociedade apenas servem prá ter uma ordem e vivermos de uma forma sensata, mas tentarmos nos moldar a um padrão porque o outro diz que é o certo, fazer isso ou aquilo é adoecer com certeza. Coisas pequenas mesmo do tipo, “vou ter que convidar fulano se não vai ficar chato, vou ter que fazer aquilo porque meu pai quer que eu faça, ou o certo é seguir os conselhos dos mais velhos porque já passaram por isso”, mas são outras pessoas, outras naturezas, outras histórias, esses “tem que”, acabam com a nossa essência, nos adoecem aos poucos.

“Ah, mas Flávia se fizermos tudo o que queremos não vamos satisfazer o ego ao invés da essência?”

Ao contrário, o ego é o nosso orgulho, quando queremos saber se estamos satisfazendo a nossa essência, ou a nossa alma, a nossa natureza, e é aí que as coisas vão bem e dão certo, é só ver se você fica feliz de verdade e não por vaidade, ou seja, a pessoa que se preocupa com o que os outros vão pensar se ela não convidar tal pessoa para o casamento dela, e acabar convidando e ficar aliviada, vai estar satisfazendo o ego dela, sua vaidade, porque se a sociedade cobrar, ela vai ter feito a parte dela, já se ela não convidar, e se sentir feliz, e aliviada e a sociedade cobrar e mesmo assim ela estiver satisfeita, vai ter satisfeito a alma, sua essência, ou seja, foi ela mesma, permaneceu com a auto estima em alta, porque manteve seu valor intacto, não deu ouvidos ao que a sociedade achava ou deixava de achar e ficou feliz. Isso é certo prá ela, já outra pessoa que se sente feliz em festividades que tem vontade de chamar até quem mal conhece para seu casamento, não prá mostrar prá sociedade, mas isso lhe dá prazer, é o certo prá ela, ou seja, o certo e errado não está na sociedade e nem nas coisas, está nas pessoas, na natureza de quem se é, por isso é que tem tanta gente doente e infeliz por escutar todo mundo, o que um acha, o que outro acha que é o certo que é o errado.

Ninguém pode dizer o que é certo e o que é errado prá ninguém além de você mesmo, cada um do seu jeito, no seu tempo, no seu espaço e o mais importante, feliz!

Em relacionamentos e educação de filhos é onde tem mais acertos e erros, e precisamos nos atentar a isso, a questão da idealização, do que deveria ser, e não é, a educação, cultura, fantasias do ideal, imaturidade, entre tantas outras coisas nos influencia e faz com que tomemos atitudes que não são nossas por acharmos que é o “certo”, o “correto” a ser feito.

Mas a questão é, ser o que se é, e quanto mais isso é alcançado mais as coisas dão certo.

Por isso a importância do autoconhecimento, só assim é possível encontrar o caminho da felicidade real e não o alívio da dor, que as pessoas insistem em achar que é felicidade.



Flávia Camargo

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