terça-feira, 22 de junho de 2010

Medo x Coragem


Quero falar sobre o medo, na verdade sobre o oposto dele, mas prá isto precisamos entender a dinâmica do medo na nossa vida, de como nos utilizamos dele como defesas naturais conscientes e inconscientes, prá que aí sim possamos viver de acordo com a nossa essência com coragem e sem defesas, sem evitar sofrimentos.

Primeiro quero deixar claro que o medo não é inato ao ser humano, ou seja, não nasceu com a gente, os índios não conhecem essa palavra de jeito algum, não utilizam a palavra medo porque desconhecem essa sensação, e isso explica o porque os negros foram escravizados e os índios não. Isso nos mostra que o medo é cultural, socialmente criado para reprimir, e de fato reprime, o que é pior, nós mesmos nos reprimimos por medos que criamos em nossas mentes o tempo todo tentando evitar problemas que nem sequer ainda existem, isso também explica o porque não nascemos com medo, enquanto crianças não sentimos medo de altura se não nos mostrarmos lá do alto que se cairmos podemos não mais existir, todos os medos vão sendo aprendidos como uma forma de evitar problemas, e aí vocês poderiam me perguntar? E isso não é bom? Será que eu não estou vivo por justamente eu não ter evitado vários problemas? Aí é que entra a grande diferença entre a prudência em se precaver de coisas presentes e evitar problemas futuros que ainda não existem. Se durante uma ultrapassagem perigosa, eu não me atentar aos cuidados básicos e regras de trânsito adequadas, com toda a certeza vou me dar mal por não evitar o problema que está na minha cara no presente momento, já em outra ocasião, se eu não conseguir mais dirigir, pegar estrada por medo de sofrer um acidente por ver nos jornais o tanto de acidentes nas estradas todos os dias, aí já é ter medo, e o medo de evitar problemas que realmente não existem.

E quanto mais nos atemos ao medo fantasioso, menos espaço para as soluções reais deixamos no nosso cérebro, e isso nos adoece, nos deixa inseguros de nós, na vida. Isso em todas as áreas.

As pessoas que são focadas nos problemas não permitem ver soluções, criatividade, não permitem ser elas mesmas, vivem infelizes e cada vez com mais problemas e certamente com mais medos.

Já quem se foca nas soluções, ou seja, quem confia em si mesmo, em sua capacidade, foca a sua vida na parte prática, na realidade, constrói uma vida feliz e o que é melhor, real, já que tem cada vez menos problemas, claro, porque faz com que sua vida além de ser feita com vontade própria, realidade, seja feita com segurança em si, com confiança. A própria palavra medo já denota o oposto de tudo isso que falei. A palavra medo tem origem no latim, metus, e significa temor, apreensão, sensação de insegurança em relação a qualquer momento futuro. E quem vive no futuro no presente é que não está, e se não está no presente não pode construir uma vida feliz, já que felicidade é um estado de espírito alcançado através de escolhas.

E aí? Será que dá prá continuar tendo medo, evitando situações que quanto mais evitamos mais elas nos alcançam? Como fazer prá que isso seja solucionado?

Tudo o que está ligado com insegurança está diretamente relacionado com a nossa auto imagem, com a nossa auto estima. Temos que parar de querer ser aquilo que achamos que deveríamos ser, e aceitar o que somos, e claro o nosso melhor sempre, mas o melhor dentro do que somos, se todos os dias nos olharmos no espelho e vermos uma imagem de quem ainda não somos, nunca vamos alcançar nada, na verdade, nunca vamos nos alcançar.

Aceite quem você é, tenha orgulho de si, se goste de verdade, veja o que de bom pode oferecer prá si mesmo e depois para os outros. Tenho certeza de que ninguém tem te oferecido nada se você não oferece a si mesmo.

Como sempre falo, fomos criados pensando que seríamos mal vistos se pensássemos em nós primeiro, e repito, quanto mais pensamos em nós primeiro, mais os outros e a vida nos dão em troca.

Se não nos gostarmos e não nos valorizarmos, ficarmos inseguros com medo, quem é que vai confiar em nós?

O oposto do medo é a confiança, acreditar, e acreditar em si próprio, quanto mais as pessoas ouvem os outros, o que os outros dizem que é o melhor, mais inseguras elas ficam, mais distantes de si e com mais medos, claro, o futuro as assusta, ao passo que, quanto mais seguras e confiantes em si estiverem, mais vão conseguir viver o presente e não vão nem precisar pensar em evitar problemas, resolver problemas. Isso tudo parece tão óbvio, tão simples, e de fato é, basta querer ter prá si, complica quem quer complicar, é mais fácil viver assim, mas mudar requer coragem, requer deixar de lado mil teorias de terceiros e escutar só a si mesmo, VOCÊ! Não seu orgulho, seu ego.

Faça isso, comece HOJE, sinta-se seguro em ser quem é e veja todas as mudanças que a vida vai te oferecer!

نجاحFlávia Camargoنصرة

Pense em sua própria natureza, comece deixando de lado o que os outros dizem...



Uma das coisas que fazem as pessoas resistirem às mudanças que precisam ser feitas na vida é o fato de escutar os outros e não a si próprios. Escuto isso toda semana “ah não consigo pensar em mim, no que eu tenho vontade mesmo de fazer, porque se eu faço vou ser criticada, vou ter que escutar o que eu não quero do fulano, do ciclano, e também se eu for eu mesma, ou eu mesmo vou causar atrito, brigas, então prefiro deixar como está.

E assim vão perdendo tempo e o mais importante, vão perdendo elas mesmas, porque quanto mais ouvimos as pessoas menos nos ouvimos e menos somos nós mesmos.

E as pessoas dizem assim “ah eu não! eu não ouço ninguém não, faço tudo o que eu quero fazer sem me preocupar com o que os outros vão pensar ou achar de mim”, mas aí escapa assim das pessoas que dizem isso ”ah eu não tava com vontade de ajudar tal amigo, mas se eu não o ajudasse naquele momento iriam dizer que eu fui ingrata, porque quando eu precisei ele me ajudou.

E aí eu digo, na vida tudo é uma troca, mas quando a troca é forçada, ou seja, quando fazemos pelo outro porque sentimos que estamos em débito e não porque vai nos dar prazer, sempre acontece alguma coisa que não nos faz bem.

Imaginem se o sol resolvesse ficar magoado porque a chuva tem se ausentado muitos dias seguidos e quando estava muito úmido em outros anos, ele resolveu aparecer prá equilibrar? Vocês podem até achar que essa analogia com a força da natureza não tem nada a ver, mas tem sim, somos regidos por uma única lei, a da natureza, a da natureza de nossas essências, e que infelizmente ao longo da história da sociedade fomos perdendo em razão do raciocínio lógico e por tanto acreditando que mesmo sendo natureza tanto quanto a própria natureza, achamos que estamos distante dessas leis universais que rege tudo.

O que é que eu to querendo dizer com isso, que talvez aquela primeira pessoa que ajudou o amigo, já ajudou porque se sentiu na obrigação, e não porque realmente era de sua natureza ajudar, e quando precisou automaticamente quis impor o que ele achava que DEVERIA SER feito quando um amigo precisa.

Ou até era de sua natureza ajudar quando uma amigo precisa, mas deve saber compreender que cada um é um, e para seu amigo que ele ajudou pode não ser, e não é assim que funciona, e aí ele vai até suas regras de cabeceira aprendidas pela sociedade do que é certo e errado e diz:

“Nossa! Quando precisei eu ajudei, eu sou assim, assim é o certo.

Ou então, esse amigo nem vai ficar chateado se não for ajudado, talvez ele seja mais evoluído e saiba que cada um é de um jeito e a o outro é quem está “caraminholando” que ele vai ressentir e acaba fazendo por achar que mesmo não sendo de sua natureza, o certo é ajudar senão vai ser taxada como ingrato.

Percebem como a loucura do ser humano vai longe?

Só com um exemplo bobo dei três exemplos de pensamentos de fuga da essência se não de um, dos dois envolvidos.

Somos tão natureza quanto o sol e a chuva e não nos damos conta disso, achamos que a grama e o passarinho que estão lá fora é que são natureza, nós não tamanha a distância que percorremos nesses séculos de sociedade.

Quero então que vocês revejam os pontos que estão fazendo resistirem em mudar, mudar no sentido de serem vocês mesmos, de voltarem a ser quem realmente são e deixar de ser quem acham que DEVEM SER prá evitar desgastes, problemas e falatórios.

نجاحFlávia Camargoنصرة

Responsabilidade emocional infantil


Hoje vim falar sobre uma coisa que venho me questionando bastante, que é sobre a responsabilidade emocional das crianças com elas mesmas, até uma questão cultural nossa, porque aqui no Brasil nós passamos muito “a mão na cabeça” das nossas crianças evitando ao máximo que elas sintam toda e qualquer responsabilidade, ao máximo que podemos, por exemplo, minha mãe mesmo tinha pena de me colocar no período da manhã na escola, eu ia a tarde, enquanto criança, o máximo de tempo que ela pode decidir.

As brincadeiras eram primeiro, prá depois virem as obrigações, afinal eu era muito criança ainda, e vejo que ainda é assim na nossa sociedade, e é exatamente por isso que pensamos como pensamos e agimos como agimos, e tanto emocionalmente como na parte prática de nossas vidas, nós brasileiros não temos muitas medalhas de ouro e achamos que o importante é competir, é participar, se ganhar ganhou, mas não importa se você é perdedor, aliás, perder é sinônimo de nobreza porque afinal, você foi lá e tentou, claro que não culpo minha mãe, ela também aprendeu assim, mas de tanto eu observar e estudar, graças a mim, mudei meus pensamentos a respeito disso, o importante é vencer naquilo que queremos e quem pensa assim na nossa sociedade acaba sendo visto como arrogante, pretensioso e por acreditar em si mesmo, a pessoa “se acha”, mas não é só nesse aspecto que tenho me atentado, e percebo o quanto tiramos a responsabilidade das nossas crianças em deixá-las aprenderem a lidar com suas próprias emoções, e quando crescem, crescem perdidas de si, e vão parar lá no consultório.

Então além de um alerta aos pais em relação às práticas de responsabilidades do dia a dia escolares, aprendizados, limites e disciplinas, quero enfatizar o quanto é importante que os pais façam as crianças perceberem que elas à partir dos 6 anos, já podem sim lidar com as suas dores emocionais, perdas, raivas, para que vão aprendendo saber o que fazer com elas e não começarem a jogar tudo nos outros como aprendemos desde crianças, na minha época, e que agora já é tarde de mais prá que fechemos os olhos prá isso e continuemos com esses comportamentos infantis que nem as nossas crianças mais podem se dar ao luxo de ter. Eu não sou mãe, mas tenho sobrinhos, e sei bem como é bem mais fácil educar do modo antigo, mas podem ter certeza de que quem realmente ama, vai preferir dispor de um tempinho a mais e ver um ser humano feliz lá na frente do que um infeliz, imaturo, doente e cheio de problemas quando crescer, como sempre a escolha está nas nossas mãos.

Então, quando dizem que as crianças são espelhos dos pais, da família que convive, tenho algumas ressalvas a respeito disso, porque antes dela fazer parte desse convívio ela é um ser humano com uma essência pronta, com um temperamento que já nasceu com ela, senão todos nós seríamos muito iguais aos nossos semelhantes e não somos, não é apenas na adolescência que começamos a nos diferenciarmos de nossos pais ou de que nos criou, claro, que agimos de acordo também com o meio onde vivemos, mas à partir dos 6 anos em que já há um entendimento maior das nossas cognições podemos e devemos começar a deixar que a criança comece a entender algumas responsabilidades internas, como por exemplo, a caçula de 6 anos de idade apanha do irmão mais velho de 8 anos porque ela mexeu em suas coisas, alguns psicólogos iriam averiguar se os pais apresentam algum comportamento agressivo, em alguns casos pode haver, em outros não, mas o fato seria mostrar ao mais velho que ele pode sentir raiva, é natural, mas agredir não, ele deve aprender a conter seus impulsos e desde já cuidar das suas coisas que não quer que sejam mexidas, ainda mais por uma criança mais nova, e para a caçula, que os brinquedos não são dela, afinal ela já tem capacidades mentais suficientes para entender isso, e se responsabilizar por suas atitudes, e os pais não devem interferir como muitos fazem brigando com o mais velho para defender o mais novo. Assim, cada um assumindo as suas responsabilidades vão aprendendo a lidar tanto com as emoções geradas no dia a dia quanto com a prática de limites, disciplina, regras e normas de uma educação saudável e responsável, sem brigas e muito menos agressões de qualquer espécie. E infelizmente é nessas horas que a maioria dos pais se exaltam pelo cansaço, por quererem educar a qualquer custo impondo regras que muitas vezes as crianças nem entendem os porquês das coisas, sendo que quando a responsabilidade entra em ação o entendimento é claro, não há desgaste, há diálogo, resolução definitiva e logo eles já associam em outras circunstâncias da vida, porque quando passamos a nos responsabilizar pelas coisas, aprendemos a colocar em prática em tudo, e a vida passa a ser muito mais fácil.

Vamos então tentar fazer crianças vencedoras tanto em casa quanto na vida, chega de poupar as nossas crianças como se elas fossem limitadas, porque é isso que ainda infelizmente muitos brasileiros fazem, limitam seus filhos e depois reclamam da sociedade como está.

Uma outra coisa que faz com que a isenção de responsabilidade nas crianças ocorra, é a crença equivocada nessas crianças e até um certo período da adolescência de que os adultos sabem de tudo, eu mesma demorei prá perceber que os adultos também não sabiam das coisas, que também não sabiam o que estavam fazendo com suas próprias vidas e não sabiam muitas respostas, e por terem me isentado de muitas responsabilidades eu acreditava que quando eu fosse adulta eu saberia fazer, eu saberia agir, que quando chegasse a hora eu saberia o que fazer e quando me dei conta disso, que era bem o oposto me vi tendo que saber e me virar sozinha e dando conta das minhas emoções e responsabilidades, sendo que se tivessem me mostrado de uma outra forma antes, se tivessem feito com que eu me responsabilizasse pelas minhas faltas emocionais antes, eu teria evitado muitas coisas, a mim foi bom tudo isso, mas prá muitas pessoas pode não ser, podem não conseguir assumir as responsabilidades de uma forma assertiva, e se perderem em si mesmos e na vida. Cabe a nós adultos, educadores, psicólogos e pais começarem a nos atentar a essa realidade de não deixar ao leu o crescimento das crianças como sendo apenas crianças espelhos, sem responsabilidades, sem aprenderem com as suas faltas internas mesmo que abandonadas quando pequenas, ou qual o problema familiar se encontrarem, elas é que precisam aprender a começarem a se responsabilizar pelas faltas e carências emocionais que em suas vidas aparecerem, claro que não de uma forma a ser tratada como um adulto, mas iniciando um processo de aprendizado, e esta é a chave do seu auto valor, de aprender a não deixar a sua vida nas mãos de ninguém, de não culpabilizar mais nada e ninguém dos seus fracassos e medos, e quem sabe não precisarmos mais ter sequer um consultório psicológico para adultos.

نجاحFlávia Camargoنصرة



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Papo Cultural Todas às Quartas- Feiras no "Show da Tarde"

OUÇA AO VIVO NO "SHOW DA TARDE" UM PAPO CULTURAL COM A PSICÓLOGA FLÁVIA CAMARGO

104.9 FM

Seja Psiquicamente INcorreto


O conceito "Politicamente correto" refere-se a uma política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista, como por exemplo, chamar um cego de "deficiente visual em grau máximo", ou então de "afros descendentes", os negros, e ainda, a criança que rouba de menor infrator, no entanto, mascaram a realidade de uma forma que o foco mude, para assim não serem acusados de não pensarem nos direitos humanos, mas a realidade é bem outra....A liberdade verbal e literária ainda é cerceada, censurada e julgada como na ditadura e os problemas sociais ainda são s mesmos. Com esse discurso quero deixar evidente que a nossa mente também sofre todo o tempo essa censura, não nos deixando sermos nós mesmos, irmos de encontro com nossa essência e alma, aumentando as exigências dia a pós dia, com frases que crescemos ouvindo desde a vida intra - uterina, como, não faça isso, aquilo é feio, isso é coisa de menina, ou, você precisa pensar em uma profissão que dê dinheiro, que dê status, você precisa ter uma religião, Deus vai castigar, você está acima do peso, você "TEM QUE ISSO", "TEM QUE AQUILO", e na verdade, ninguém tem que nada! Já nascemos uns diferentes dos outros para que continuemos diferentes de fato, para que seguíssemos nossa intuição sobre nós mesmos e alcançássemos a tão sagrada transcendência. E é exatamente sobre isso que esse blog vai tratar, de nossa transcendência em todos os aspectos do ser humano, que ao contrário do que pensam os ortodoxos, estão intrinsecamente ligados, corpo, mente, espírito e cidadão, numa única pessoa. Você! Seja uma pessoa psiquicamente incorreta, esvazie-se das regras, dos conceitos, desamarre as amarras, liberte-se! Antes que adoeça como a sociedade, não tenha segundas intenções para com você mesmo, SEJA APENAS VOCÊ!!!!




نجاحFlávia Camargoنصرة

Psicossomática: O pensar, sentir e agir em um único espaço.


A psicossomática é um tema muito discutido e pouco difundido no Ocidente, principalmente pelos médicos ortodoxos que pela formação ocidental acabaram separando a mente do corpo.

O que seria a Psicossomática então? É uma linha de conhecimento dentro da Medicina que estuda as doenças sem fazer a separação do corpo e da mente, ou seja, toda a doença, antes de se manifestar no corpo, passa pelas emoções, as doenças surgem então, em nossa mente, através de nossos pensamentos, das nossas crenças, de como enxergamos e sentimos o mundo.

Através de nossos sentimentos, construímos os pensamentos, e conseqüentemente os nossos comportamentos, por exemplo: quando estamos diante de uma situação nova, desconhecida, um relacionamento novo, e sentimos medo, automaticamente pensamos em coisas negativas, como, “será que ele realmente está sendo sincero, será que eu vou sofrer?” “Acho melhor eu ir com calma”, e por defesa começa agir diferente, um pouco fria, distante, com cuidado, ameaçados por apenas um pensamento, sem um fato concreto, talvez por uma experiência passada de relacionamento fracassado que a fez sofrer, e através desse processo bioquímico a sua imunidade cai e fica suscetível a doenças. Então, quando sentimos medo, stress, o cérebro automaticamente libera um hormônio chamado cortisol, que quando liberado diminui as defesas do nosso corpo deixando a imunidade baixa. Já quando nos sentimos felizes e nos sentimos confiantes, com a auto estima alta construímos pensamentos positivos e o hormônio liberado é a serotonina, ou a dopamina, que dão sensação de bem estar, auto confiança, prazer e aumenta o nosso sistema imunológico, nossas defesas naturais, afastando as doenças de nosso corpo.

A Psicossomática enxerga os sintomas das doenças como algo positivo que apareceu para nos mostrar que algo está errado em nossas vidas, há algo em desequilíbrio que está nos deixando mal, e que precisamos acordar mudar as nossas crenças frente ao mundo, transformar as nossas atitudes frente aos problemas, como um aviso de onde estamos errando....como uma chance de cura.



Se pararmos para reparar em nós mesmos, vamos perceber, que antes de uma doença grave, como um câncer, um enfarto, o corpo já havia tentado avisar com pequenos sintomas, uma dor de cabeça, uma gripe, uma febre, e vai mostrando aos poucos até que, se ainda assim a pessoa não percebeu, o sintoma cresce, fazendo com que não haja mais jeito de você não perceber....

Quando o indivíduo aceita que algo está errado, como por exemplo, as pessoas que são possessivas, controladoras, dominadoras e chantagistas emocionais, começam a se sentirem mal, com dores não muito preocupantes, mas que começam a ser constantes e mudam a sua visão de mundo, começam a ter uma postura real perante a vida, o sintoma e a doença morrem, desaparecem, e surge uma nova vida psíquica saudável e conseqüentemente física.

Se não, essas pessoas com essas características frente à vida, insistem em permanecer assim, fatalmente nelas aparecerão sintomas graves, como câncer, diabetes, suscetíveis a contrair o vírus da AIDS, doenças auto - imunes, como a leucemia, hipertensão e doenças cardiovasculares. Portanto, todas as doenças são psicossomáticas.

Herdamos da genética, todas as qualidades e defeitos de nossos antepassados, porém, somos responsáveis por quanto deles vamos deixar desenvolvam em nosso organismo, através de nossas emoções, pensamentos, atitudes, o meio em que vivemos, e também nossas crenças espirituais.

Já se sabe que apenas 5% da herança genética em filhos de pais obesos, contribuem para que se tornem obesos, ou seja, 95% da obesidade é causada por fatores externos, como má alimentação, ansiedade excessiva, que aumenta também excessivamente o apetite, por não praticar exercícios físicos, ou seja, quanto mais desequilibrada psiquicamente o indivíduo estiver, mais suscetível ao excesso de peso.

A AIDS, como qualquer outro vírus, como a gripe, a conjuntivite, é a mesma situação, se a pessoas estiverem desequilibradas psiquicamente, suas defesas vão cair, sua imunidade aos vírus ficarão baixa, e você estará com mais facilidade de contrair os vírus. Por que é que não é todo mundo que pega o vírus da gripe H1N1? O vírus, as bactérias estão por toda a parte, no ar, em nós, se pegarmos um microscópio e olharmos vamos ficar com medo, por que não existe pensarmos que estamos imunes a tudo dentro de nós e que fui a tal lugar e peguei....os microorganismos fazem parte de nós, estão em nós, daremos abertura a eles se não estivermos bem.

Na AIDS, por exemplo, indica pessoa que não se ama e perdeu o respeito por si própria a ponto de de não dar valor em nada do que faz, está descontente com tudo e com todos, não se satisfaz nem afetivamente, nem profissionalmente, vive uma vida sem atenção para consigo mesma.

Esses sentimentos geram pensamentos negativos e atitudes mais negativas ainda, começam a dormir pouco, sair muito, beber muito, transar sem medidas de precaução com qualquer um, se drogam, enfim, atitudes que facilitam a aquisição do vírus, já que sua auto estima estava baixa e conseqüentemente sua imunidade.

Alguns exemplos:

A garganta simboliza a fala. É o canal de saída daquilo que você pensa. Sua expressão e criatividade são reconhecidas através desse canal. Portanto, se algo o impede de falar, se o que você tenta expressar não é compreendido ou o que o incomoda não pode ser dito, saiba que sua garganta responderá com uma inflamação. As dores de garganta expressam seus sentimentos contrariados. Tudo aquilo que bloqueia a nossa fala e nos obriga a ”engolir sapos”, trará inflamação das amídalas, problemas nas cordas vocais e até silêncio total da voz, simbolizando o pensamento: “Já que não posso falar o que quero, não falo mais”.

Aprenda a livrar-se do medo de falar. Expresse suas opiniões, seus desejos, seus desgostos e crie ao seu redor uma atmosfera de liberdade para viver. Você não é obrigado a fazer o que não quer, portanto, reaja! Liberte de dentro de você aquilo que o incomoda e busque o novo em sua vida.

Diga firme e calmamente o que você pensa sobre tudo e, com certeza, sua garganta ficará totalmente curada. E assim por diante, até a nossa aparência física está diretamente relacionada com as nossas emoções....em cada pedacinho de nosso corpo há uma expressão simbólica da nossa mente.

Papeira, quem tem papada no pescoço, simboliza aquela pessoa que tem pavor de críticas e sentem-se carentes e agressivas quando lhes apontam algum defeito.

Reflitam sobre suas vidas, como é que estão vivendo à sua realidade, sua existência, suas crenças pessoais? Sempre há tempo de mudar, não levem a vida tão à sério, transformem seus medos em coragem, não culpem os outros pelas suas frustrações, saiam da postura de vítimas da vida, procure amar mais, perdoar mais, ter mais bom humor e pensamentos felizes!!!!!



نجاحFlávia Camargoنصرة

Auto estima, tem quem quer...


A palavra auto- estima já se define por si só, e muitas pessoas confundem o uso da palavra auto estima, como se ela já dissesse que é alta, e na verdade, a palavra auto estima, quer dizer sobre o valor que nós damos para nós mesmos, como um julgamento que eu faço a meu respeito, se eu me acho legal, se eu me acho interessante, se eu me acho uma pessoa cativante, ou se eu me acho chata, burra, enfim, é o como eu me percebo no mundo, por mim mesmo.

E como é que a auto estima é formada dentro da gente?

Até o nosso primeiro ano de vida, toda criança passa por uma fase chamada de fase mágica, ela acredita que ela própria consiga suprir todas as necessidades que ela tem, quando ela sente fome, aparece o leite, quando ela sente frio, aparece algo que a aqueça, quando ela se sente suja aparece o banho, e assim por diante, e isso faz com que ela acredite no seu poder interno, acredita que é capaz de conseguir ter o que ela sente falta, e assim vai se sentindo segura frente aos desafios que a vida traz.

E essas crenças são levadas para a vida adulta, a criança que não teve uma mãe que prestasse atenção em suas necessidades básicas, acredita que ela não tem capacidade de conseguir ter as coisas que sente falta, e leva para a vida adulta a sensação de que não tem capacidade, e se sente insegura. Essas crianças geralmente são aquelas que precisam se apoiar em objetos de poder, arma, drogas, força física, beleza, dinheiro, e várias outras coisas que as fazem se sentir bem com elas mesmas, acreditando que isso vai deixá-la feliz.

E não é por isso que as pessoas devem atribuir a culpa aos seus pais, porque enquanto crianças, eles tem responsabilidades sobre nós, mas quando nos tornamos adultos, essa responsabilidade que é bem diferente da palavra culpa, deve ser apenas nossa e de mais ninguém!!!!!!

A partir dos 3 anos de idade a criança começa então a ter a sua própria consciência, começa a adquirir os valores, e os princípios que são passados pelos pais, e isso é cultural, o que tem valor para um, pode não ter para outro e assim por diante, mas o que influencia diretamente a nossa auto estima é também o fato de irmos contra os nossos valores, quando isso acontece, nos perdemos no meio do caminho nos afastando de nós mesmos, e isso abala qualquer auto estima, porque como que vamos conseguir olhar para nós mesmos e gostar do que vemos ou não, se não sabemos mais quem somos?

Durante a adolescência, o adolescente fica perdido em relação aos seus valores, geralmente o que é errado na casa do amigo é mais certo do que acontece na sua casa, os seus valores ficam estremecidos por causa da tentativa de se diferenciarem dos seus pais e conseguirem ter uma identidade própria, e é por isso que todo adolescente tem a auto estima baixa. Qualquer espinha é o suficiente para que ele não queira aparecer na escola, e na verdade, a auto estima não tem nada a ver com beleza, tem a ver com como estamos nos sentindo, se estamos indo de encontro com nossos valores, se estamos sendo aceitos por nós mesmos, ou não, um bom exemplo disso é quando não estamos nos sentindo bonitas ou bonitos, e o outro vem e diz que está lindo, não adianta, pode vir qualquer pessoa dizer o que quiser, que se não estivermos nos sentindo bem aos nossos olhos, não vamos conseguir nos sentirmos bem pelos olhos dos outros, e se engana quem vai atrás de mil cirurgias plásticas querendo reparar alguma coisa que ela não consegue aceitar nela mesma, a auto estima que a pessoa sente após uma cirurgia plástica é momentânea, é passageira, logo a auto estima que era baixa, volta a aparecer. Se prá uma pessoa o valor que ela atribui a beleza é maior do que outros valores, ela se torna escrava, se torna dependente da beleza prá ser feliz, prá estar sempre se sentindo bem, ou seja, nunca vai estar feliz realmente, apenas momentaneamente. Se pra outra pessoa se sentir bem, ele precisa ser rico, ter dinheiro, também nesse caso, vai virar escravo, colocando o valor que ele deveria sentir por ele mesmo no dinheiro e não nele.

A auto estima está diretamente ligada à felicidade, ao bem estar, ligada àquela sensação de paz interna, quando nos percebemos bem com nós mesmos, quando estamos em paz, independente de dinheiro, independente de beleza, independente da atenção dos outros, seja lá onde for que as pessoas estão depositando a sua auto estima que lá atrás foi construída de uma forma negativa, o importante é que tenham consciência de que não vão alcançar, e vai ter sempre um vazio prá preencher.

Quando as pessoas se sentem diminuídas, se sentem inferiores às outras, relacionam um objeto de poder para que se sintam de alguma forma fortes e confiantes, como o exemplo da arma, o exemplo da força física que falei anteriormente, e quando isso acontece, a pessoa geralmente se sente obrigada a alguma coisa, é obrigada a estar bonita pra ela ser notada e se sentir bem com ela mesma, a pessoa é obrigada a ser rico para não se sentir humilhado, é obrigado a ter músculos para que os outros o notem, enfim, se tornam escravos deles mesmos, organizam a sua personalidade no sentimento de obrigação, aí a pessoa começa a idealizar uma maneira de ser, um comportamento que se adéqüe ao que ela está querendo e tentando ser para se sentir bem e feliz, e começa então a ter uma atitude perante a vida que a defenda dos perigos que ela acha que existem contra ela, são aquelas pessoas que pensam assim “se eu não estiver bonita, ninguém vai me amar”, se eu não for rico, ninguém vai me respeitar, se seu não for forte ninguém vai me notar, e aí conseqüentemente tem que cumprir aquele papel que criou, tem que manter uma conduta que corresponda às suas expectativas, pra se sentir defendida das ameaças que ela sente perante a vida.

Pelo fato da pessoa já estar agindo para se defender, por medo de sofrer, e não pelos seus valores reais, ela vai contra ela mesma, contra a sua natureza, ela não consegue enxergar seus valores, suas capacidades, não consegue ter uma auto estima alta, vive para atingir algo para daí se sentir bem, coloca a sua felicidade nas coisas, nas pessoas, e vai permanecendo inseguro porque sempre depende de alguma coisa para se sentir bem com ele mesmo, e isso gera frustração, porque não tem como superarmos as nossas expectativas se estamos criando um personagem, criando atitudes que não são nossas, pensamentos que não são nossos, eles estão em nossas cabeças, partem de nossas emoções, mas não são a nossa essência, é apenas um lado nosso que tem pavor de deixar a vida seguir sem tentar ter controle. A própria palavra controle já diz exatamente isso, significa contra o rolar da vida, não deixar as coisas acontecerem como de fato devem acontecer, aceitar a si próprio como se é, resgatar os valores reais que existem dentro de cada um de nós, sem medo da vida, sem medo de viver, sem medo de sofrer, todo mundo sofre, e evitar o tempo todo o sofrimento, faz com que as coisas boas passem por desapercebido pelo medo de sofrer.

Quando por algum motivo as pessoas se obrigam a algo para se sentirem bem com elas mesmas, e não correspondem às suas próprias expectativas, gera problema, e mesmo quando as pessoas que mantém uma auto estima alta, mas não consegue cumprir o que promete a si mesma, como dizer que vai começar a fazer academia e não vai, que vai começar a fazer tal coisa, que sabe que vai ajudá-la e não faz, sua auto estima também vai com certeza baixar, porque tudo o que cumprimos para nós mesmos, está ligado ao auto valor que nos damos, a importância que temos para nós mesmos.

Quando dizem você deve se amar primeiro para depois amar o outro, não quer dizer literalmente amar, porque é impossível sentir o amor que sentimos pelo outro por nós mesmos, quer dizer se valorizar, se respeitar, pensar em si próprio primeiro, não como uma atitude egoísta, mas como uma atitude de fazer o bem primeiramente para si, e aí sim, conseguir estar bem para se relacionar com o outro, para estar de fato ao lado de alguém, quem não se dá valor e deposita todo o valor no outro, está dizendo a si próprio o quanto o outro é melhor e merece mais do que você mesmo, e ainda espera que pelo fato de ter dado valor ao outro, que seja reconhecido por tudo o que fez, como se fizesse para receber o que de si próprio não recebe.

Então qual seria a solução para quem nunca se sentiu bem, nunca se sentiu satisfeito consigo próprio?

De novo vou falar sobre o autoconhecimento, quando nos voltamos para nós mesmos, conhecemos os nossos medos, os nossos fantasmas, começamos a perceber as nossas atitudes, o que é que está levando a gente a agir na defensiva o tempo todo e evitando sofrer.

Você tem medo do que? O que de tão ruim poderia acontecer com você, se você se soltasse um pouco, se você não tentasse controlar tudo e todos? O que de tão ruim aconteceria com você se por um instante você se desarmasse psiquicamente de seus pensamentos negativos?

Se você fosse exatamente quem você é com defeitos e virtudes que todos têm. Assumir e aceitar seus defeitos, notar quais são as suas facilidades, o que é que você faz tão bem, que nem percebe a hora passar? Notar quantas coisas boas você tem guardado e não mostra com medo de que se mostre frágil perante as pessoas, de novo evitando sofrer.

A partir de uma análise profunda você vai começar a ver o quanto você está evitando ser você mesmo, quanta energia você gasta criando uma pessoa que você acha que vai ser melhor, que vai ser mais aceita por você mesma e pelos outros, vai começar a se desarmar, começar a olhar a vida por uma ótica diferente, enfrentando os desafios, os medos, e quando notar isso e aos poucos resgatar os reais valores que permanecem aí dentro, para que aí sim você consiga ver os seus valores, o quanto você estima você mesmo, o quanto é prazeroso ser exatamente quem se é.

Somente fazendo um auto resgate é que as pessoas conseguem deixar de lado tudo de ruim que a auto estima baixa traz, como o ciúmes excessivo, a inveja que está diretamente relacionado ao desprazer de ser quem se é, o medo de perder as coisas que acham que têm, por isso do controle excessivo frente aos outros, e às coisas.



Todos nós somos cíclicos, em uma fase estamos bem, e em outras nem tanto, a diferença entre as pessoas que mantém a auto estima alta e a outra que tem a auto estima baixa, é que quando vêm as fases em que não estamos tão bem, conseguimos perceber caminhos que nos levam a melhorar, vamos atrás de recursos que possam trazer de volta o equilíbrio que está faltando no momento, enquanto que as pessoas com auto estima baixa, ficam presas em não aceitarem o que está acontecendo de ruim com elas, ficam inconformadas dos outros conseguirem o que elas querem, e não fazem nada para melhorar, apenas reclamam da vida, culpam o outro sempre por estar faltando algo a elas e se tornam pessoas amargas, descrentes nelas e na vida, se tornam doentes e cada vez enfraquecem mais, é um ciclo vicioso.

Tornem-se vocês mesmos, reflitam sobre seus medos, resgatem seus valores internos, pensem em vocês em primeiro lugar, respeite as suas vontades, não tenha medo de perder o que acha que tem, por que na verdade não temos nada e não temos ninguém, só usufruímos das coisas e das pessoas, só temos a nós mesmos todo o tempo, e o que é que você está fazendo com a única coisa que te pertence?

Olhe para você e veja o quanto está aprisionado em não perder, em não perder o amor dos outros, em não perder o emprego que para você é chato, mas você não gosta nem de pensar na insegurança que te dá em ir atrás de uma coisa que gosta, mas que não terá a segurança que esse emprego te traz, no namoro que está empurrando com a barriga por medo de ficar sozinha ou sozinho.

Viva pelo que a vida tem a te dar e não pelo medo que tem de que a vida tire o que acha que é seu.



Viva sem medo, o medo só traz insegurança e não permite que ajamos conforme queremos agir, pelo medo de sofrer.



FLÁVIA CAMARGO

Porque é que traímos?


As palavras traição e tradição são palavras com significados totalmente diferentes, mas tanto uma quanto a outra vem da mesma raiz, que em latim significa entregar. Traição significa entregar errado e tradição entregar certo, no sentido de que se passa de pai para filho, uma entrega certa, uma herança, enquanto que na traição, você entrega "errado", um segredo, um amor, entrega errado seu corpo. Porque é que comecei falando sobre o significado da palavra entrega, por que todas as entregas que nós fazemos para os outros, tem a ver com a nossa maturidade emocional, tanto as entregas erradas, quanto as entregas certas. Entregar-se simboliza estar de corpo e alma em uma relação, seja ela de amor, de amizade, familiar. Quando sentimos insegurança, nos entregamos de forma errada, ou seja, não nos entregamos integralmente, por medo de sofrer. O medo de sofrer, que está diretamente ligado à maturidade emocional de cada um de nós.

Eu percebo, tanto na minha vida pessoal, no meu convívio com as pessoas, em suas histórias, quanto na prática profissional, que inconscientemente as pessoas procuram umas às outras em relação ao seu nível de maturidade frente ao medo de sofrer.

Como assim procuram? No sentido das escolhas que as pessoas fazem em relação ao parceiro de relacionamento. As pessoas racionalmente dizem assim:

Quero encontrar alguém que eu ame, que eu seja amada, que tenha as mesmas afinidades que eu, que seja isso, que seja aquilo,....aí encontra alguém que tem um pouquinho a ver com o que ela dizia que queria, mas inconscientemente ela queria alguém, que não fosse tão perfeito assim para que ela não sofresse....e inconscientemente o parceiro que ela achou pensa o mesmo.....e aí pronto....está estabelecida a desgraça.....

No começo é tudo muito bom, mas na primeira oportunidade que um dos dois se decepciona com o outro, e se depara com outra pessoa, se sente ameaçado, vem aquele sentimento de frustração.

“Não acredito que ele fez isso, quem ele pensa que é ou, ela está estranha, enfim, qualquer situação que o outro percebe que vai sofrer, ou que já está sofrendo, aparece a insegurança, e na primeira oportunidade vem a traição....como se ela dissesse, não estou tão presa ao outro assim....eu tenho vontade de estar com outra pessoa, eu consigo ficar com outras pessoas, outras pessoas me notam também, não é só ela que tem vontade de estar comigo....ou seja, pensamentos que talvez não estejam tão conscientes assim, mas as atitudes mostram que é exatamente isso que está acontecendo....

Quando uma pessoa começa a ver que está mais fortalecida com ela mesma, mais segura de si, sente menos medo de sofrer e trai menos, quanto mais madura a pessoa emocionalmente estiver em relação a elas mesmas, menos terão vontade de trair e menos sentirão medo de sofrer, mais seguras estarão consigo mesmas e portanto menos se enganarão, e menos trairão a si próprias....

A traição nada mais é do que a quebra de um vínculo que havia se formado, por medo de depender dele, ou por medo de que tirem a sua individualidade, ou ainda por medo da felicidade.

Tem uma teoria muito interessante do Dr. Flávio Gikovate um psicoterapeuta muito famoso na mídia, que diz que quando a gente nasce saímos do paraíso para padecer no inferno, ou seja, estamos lá no ventre de nossa mãe sendo nutridos o tempo todo, no aconchego, acompanhados de alguém 24 horas, nunca nos sentimos sozinhos, e de repente acontece o nascimento, brusco, traumático, nos sentimos sozinhos e quando isso acontece, esse registro fica gravado no inconsciente de que quando está tudo bem, a qualquer momento pode acontecer algo de ruim, então fazendo uma analogia em relação à traição, antes que eu sofra, antes que o outro me faça sofrer, eu vou me interessar por outras pessoas também, para que eu não me deixe tão na mão do outro assim.

Isso explica as atitudes das pessoas que dizem assim

“Ah mas mesmo quando eu estou numa fase boa com a minha mulher, minha namorada, eu traio isso é genético”.

Existe sim genética em relação a traição, mas estamos em 2009, somos extremamente capazes de não deixar que nossos instintos nos dominem, não somos animais irracionais, mesmo que muitas pessoas se comportem como tal, nós temos muitos recursos emocionais, inclusive herdados geneticamente por todas as experiências que a razão nos trouxe de não nos deixarmos dominar pelos nossos impulsos instintivos, nossos recursos emocionais herdados ou não, hoje estão muito evoluídos, poucos usam, mas estão aí....Quando não suportamos a idéia do outro nos fazer sofrer, abrimos uma defesa tão grande que achamos conscientemente que são as nossas vontades os nossos desejos falando, quando na verdade, é o nosso lado fraco, medroso e imaturo emocionalmente fazendo com que acreditemos nas falsas percepções.

Por que é que quando estamos seguros de nós, seguros do outro em relação a nós, apenas admiramos a beleza do outro, apenas nos contentamos em conhecer pessoas legais com um convívio normal, apenas nos sentimos satisfeitos em mantermos relações de amizades com o sexo oposto, e quando não estamos nos sentindo seguros, quando não estamos em harmonia com o parceiro aparecem os desejos, as paixões, e não conseguimos resistir ao outro???? Já pensaram nisso?

E em relação a traição de amizade, como essa situação se encaixaria????



A traição entre amigos pode acontecer por muitos fatores, mas o que está mais ligado é a inveja, esse sentimento faz com que a pessoa que se sente diminuída, queira experimentar como é ser como aquele que ele julga melhor, como se isso fosse possível, ou eu também posso ter o que ele tem o que ele tem também me deseja e a traição acontece, ou mesmo a traição de um segredo, traição de passar o outro para trás como a pessoa que tem essas atitudes não acredita em si próprio, ela não quer que o outro atinja tal situação, tal cargo, tal situação que ele não consegue ter, não por não ser capaz, mas por apenas não acreditar em si próprio, e isso não quer dizer que a pessoa que não trai, ou é fiel, esteja emocionalmente resolvida nessa parte, não necessariamente, ela pode não estar acreditando nem que é capaz de atrair outra pessoa em sua vida, não se achando capaz de ser desejada por mais de uma pessoa, e no caso de amizade, pode sentir até a inveja, mas sua razão em não atrapalhar fala mais alto do que seu instinto de tentar superar o outro, ou seja, a pessoa consegue fazer com que a sua consciência seja maior do que seu instinto de tentar se sentir melhor do que o outro e essa atitude, mesmo que a pessoa ainda se sinta diminuída frente ao outro, mostra uma maturidade emocional maior.

Nesse caso, como em outros, o autoconhecimento é de máxima importância, porque quando eu percebo que estou tendo certas atitudes por medo, começo a ver, que o outro não é ameaça nenhuma, e sim nós mesmos por estarmos agindo pelos nossos medos, é difícil assumir que traímos por sentirmos insegurança, mas quando conseguir aceitar para si próprio fará uma enorme mudança em você, e em sua vida!!!!!!





نجاحFlávia Camargoنصرة






نجاحFlávia Camargoنصرة





Comprometimento com você!


Hoje vou falar sobre o comprometimento que temos com nós mesmos, o quanto somos responsáveis por tudo que acontece com a gente o tempo todo de bom e de ruim e o quanto gostamos de culpar os outros, isso seria muito fácil mesmo se a pudéssemos e eu também adoraria, mas na verdade não é assim que funciona e temos que aprender a nos responsabilizar por nós.

Todas as vezes em que nos colocamos em segundo plano, ou seja, colocamos coisas ou pessoas em primeiro lugar em nossas vidas coisas desagradáveis acontecem e acabamos responsabilizamos as tais coisas e as pessoas, sendo que quem as colocou em evidência fomos nós!

E por que isso acontece? Quando sentimos medo de perder algo, alguém ou necessidade de nos sentirmos aceitos, ou simplesmente por termos aprendido que pensar primeiramente em nós é egoísmo, acabamos nos deixando de lado e infelizmente isso gera muitas conseqüências negativas. Sem a consciência de que fomos nós quem provocamos a dura realidade hostil de quem se deixa de lado, fica difícil a aceitação da auto responsabilidade, contudo quando assumimos a postura consciente de notar a dinâmica das leis naturais da vida, passamos a compreender tal complexidade e simplesmente testar.

Mas se “se colocar em primeiro lugar” não é egoísmo, o que é então? Se colocar em primeiro lugar é respeitar sua própria natureza, sua essência, com a finalidade de acionar o termômetro da verdade, se você quiser saber se está indo pelo caminho certo, se está no trabalho certo, com o cara certo, é só medir pelo termômetro da verdade, a sua FELICIDADE, se está feliz está indo em direção certa a tudo o que se refere a sua vida. E se responsabilize por isso, “deixe que digam, que pensem, que falem”.

Já no sentido oposto, você escuta daqui, Dalí, colocando todos em primeiro lugar, senão um em especial, aquele que manda em você, te comanda e você diz “amém” por medo da solidão, ou simplesmente por medo de perder a pessoa que te faz tão mal, não importa, vá até o seu termômetro da verdade e sinta se está realmente feliz. Na verdade, nem precisaria, olhe à sua volta, veja quantas coisas ruins estão lhe acontecendo e você até agora estava culpando a todos, ou a sua má sorte, ou até mesmo o mercado de trabalho ou será a crise da Grécia?

Egoísta é aquele que pensa em todo mundo e ele mesmo está em cacos não podendo ajudar ninguém e ainda bancando o herói. Quem está bem com seu termômetro da verdade, está bem consigo e podendo ajudar de verdade quem ele quiser.

Assumir a responsabilidade por tudo o que acontece em nossas vidas é estarmos conscientes de onde estamos nos colocando, que postura estamos tendo com a nossa natureza.



Flávia Camargo






O que é certo e o que é errado?

O que será que é o certo e o errado? Isso é um assunto que gera tanta briga, discussão e é tão simples de ser resolvido.

Quero fazer uma analogia entre nós humanos e a flora somos diferentes, mas lembrando que ainda assim fazemos parte da natureza, achamos que a grama e os passarinhos são natureza e nós não. Nos distanciamos de nós mesmos de uma tal maneira que tudo ficou distorcido, imaginem se as árvores falassem e discutissem qual o tempo certo de darem suas flores e frutos ou mesmo crescerem? Cada espécie é uma, cada solo é um, cada região de plantio é um e não se discute, portanto não está correto dizer que o tempo de nascer e dar frutos do limoeiro é o que está certo enquanto que do abacate está errado, imaginem se a laranjeira discutisse com a amoreira que o tempo de dar laranjas e a quantidade de frutos a ser dado, era o dela o correto, e o pior, a amoreira escutasse a laranjeira, (porque é isso que nós fazemos), escutamos o que é certo para o outro em nossas vidas, imaginem o que seria das amoras?

As leis da natureza são as mesmas tanto para nós como para a flora e fauna e deixamos de perceber isso com a evolução social, e o que é certo prá um, não é o melhor para o outro, entendem? Mas e as regras da sociedade? As regras da sociedade apenas servem prá ter uma ordem e vivermos de uma forma sensata, mas tentarmos nos moldar a um padrão porque o outro diz que é o certo, fazer isso ou aquilo é adoecer com certeza. Coisas pequenas mesmo do tipo, “vou ter que convidar fulano se não vai ficar chato, vou ter que fazer aquilo porque meu pai quer que eu faça, ou o certo é seguir os conselhos dos mais velhos porque já passaram por isso”, mas são outras pessoas, outras naturezas, outras histórias, esses “tem que”, acabam com a nossa essência, nos adoecem aos poucos.

“Ah, mas Flávia se fizermos tudo o que queremos não vamos satisfazer o ego ao invés da essência?”

Ao contrário, o ego é o nosso orgulho, quando queremos saber se estamos satisfazendo a nossa essência, ou a nossa alma, a nossa natureza, e é aí que as coisas vão bem e dão certo, é só ver se você fica feliz de verdade e não por vaidade, ou seja, a pessoa que se preocupa com o que os outros vão pensar se ela não convidar tal pessoa para o casamento dela, e acabar convidando e ficar aliviada, vai estar satisfazendo o ego dela, sua vaidade, porque se a sociedade cobrar, ela vai ter feito a parte dela, já se ela não convidar, e se sentir feliz, e aliviada e a sociedade cobrar e mesmo assim ela estiver satisfeita, vai ter satisfeito a alma, sua essência, ou seja, foi ela mesma, permaneceu com a auto estima em alta, porque manteve seu valor intacto, não deu ouvidos ao que a sociedade achava ou deixava de achar e ficou feliz. Isso é certo prá ela, já outra pessoa que se sente feliz em festividades que tem vontade de chamar até quem mal conhece para seu casamento, não prá mostrar prá sociedade, mas isso lhe dá prazer, é o certo prá ela, ou seja, o certo e errado não está na sociedade e nem nas coisas, está nas pessoas, na natureza de quem se é, por isso é que tem tanta gente doente e infeliz por escutar todo mundo, o que um acha, o que outro acha que é o certo que é o errado.

Ninguém pode dizer o que é certo e o que é errado prá ninguém além de você mesmo, cada um do seu jeito, no seu tempo, no seu espaço e o mais importante, feliz!

Em relacionamentos e educação de filhos é onde tem mais acertos e erros, e precisamos nos atentar a isso, a questão da idealização, do que deveria ser, e não é, a educação, cultura, fantasias do ideal, imaturidade, entre tantas outras coisas nos influencia e faz com que tomemos atitudes que não são nossas por acharmos que é o “certo”, o “correto” a ser feito.

Mas a questão é, ser o que se é, e quanto mais isso é alcançado mais as coisas dão certo.

Por isso a importância do autoconhecimento, só assim é possível encontrar o caminho da felicidade real e não o alívio da dor, que as pessoas insistem em achar que é felicidade.



Flávia Camargo